Hoje está acabando uma, de duas
tarefas (a outra acaba no final deste mês) que venho desempenhando nestes dois
últimos anos, sequer antes pensadas/imaginadas/queridas, as assumi por desejo
de outros; pensando estar trilhando um Caminho coletivo, fruto da vontade de
muitos, enfrentei/encarei/levei as tarefas adiante.
No meio do Caminho encontrei
desafios, solidão e cansaço; nestes dias finais destas atividades passa em mim
estranha sensação, oscilando o humor da minha mente, fico entre a alegria e a
tristeza; alegre por ter empreendido/colocado "para fora" o que tenho
de melhor (o que é um esforço danado), ter superado limitações de toda ordem,
"pulado (várias) cascas de bananas", ter aprendido a lidar com uma
burocracia infindável, além de ter tido a oportunidade de aprender a
manejar com um ramo do Direito, restrito e com processualística própria,
neste ponto tenho que agradecer a indicação para a desempenhar as
tarefas, foram insuperáveis as lições e conhecimentos que incorporei à minha
Vida.
Entretanto há uma tristeza, presente
e constante, pois não senti/encontrei a devida correspondência dos que estavam
nas cercanias, quer seja dos que deveriam prestar (aliados imediatos) e, muito
menos, daqueles que não me viam como "um dos seus", não permitindo a
possiblidade da boa acolhida da ajuda, que foi pedida e acintosamente, por
tantas vezes, negada.
Eu até entendo o pequeno "mundo
das frações", daqueles que se entendem/autodenominam “pensantes
políticos”, que gostam/almejam se alinhar em "blocos de iguais",
arrogantes e soberbos em suas falas e atitudes, literalmente “caminhando
sobre/por cima dos outros”, com empáfia e total descuido; não os desculpo ou
justifico o mal-estar que causam, mas como existem, através da observação são
passíveis de algum entendimento, quando próximos temos que estar.
Não entendo é não terem o
conhecimento dos efeitos, que o caráter refratário, agressivo e desmobilizante
de suas atitudes, geram naqueles que estão próximos, seja por dever do oficio
ou de compromissos assumidos, levando a um algo parecido com o "não
acontecer"; vivi um tempo de estranhamento total com as atitudes, tanto
vistas como sentidas, sair deste "pequeno sistema" acaba por
gerar alegria, ao mesmo tempo entristece pois são oportunidades que foram
perdidas, são Tempos (necessários e urgentes) que foram gastos/desperdiçados,
terminam por ser intenções não realizadas.
Hoje li uma frase/pensamento que conseguiu exprimir um conjunto de emoções
tão complexas, que me possibilitou escrever estes sentimentos, agradeço por ter
lido, tirou um "peso", traduziu o que sinto, é do HENFIL -
"Senão houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores,
valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da
semente".
Agora e hora de voltar à minha
Caminhada pessoal, liberto e solto de pequenas amarras...