Como me demoro para chegar até aqui...
Quase esqueço do espaço....
Que dificuldade encontro para localizar os caminhos.
Penso muito, falo um pouco, escrevo quase nada...
Já pensei em verbalizar, utilizando videos com áudios, é uma tentativa...
Acho que vou tentar...
Pensando em escrever...
segunda-feira, 10 de julho de 2017
sábado, 12 de outubro de 2013
Caminhando, Semeando...
Hoje está acabando uma, de duas
tarefas (a outra acaba no final deste mês) que venho desempenhando nestes dois
últimos anos, sequer antes pensadas/imaginadas/queridas, as assumi por desejo
de outros; pensando estar trilhando um Caminho coletivo, fruto da vontade de
muitos, enfrentei/encarei/levei as tarefas adiante.
No meio do Caminho encontrei
desafios, solidão e cansaço; nestes dias finais destas atividades passa em mim
estranha sensação, oscilando o humor da minha mente, fico entre a alegria e a
tristeza; alegre por ter empreendido/colocado "para fora" o que tenho
de melhor (o que é um esforço danado), ter superado limitações de toda ordem,
"pulado (várias) cascas de bananas", ter aprendido a lidar com uma
burocracia infindável, além de ter tido a oportunidade de aprender a
manejar com um ramo do Direito, restrito e com processualística própria,
neste ponto tenho que agradecer a indicação para a desempenhar as
tarefas, foram insuperáveis as lições e conhecimentos que incorporei à minha
Vida.
Entretanto há uma tristeza, presente
e constante, pois não senti/encontrei a devida correspondência dos que estavam
nas cercanias, quer seja dos que deveriam prestar (aliados imediatos) e, muito
menos, daqueles que não me viam como "um dos seus", não permitindo a
possiblidade da boa acolhida da ajuda, que foi pedida e acintosamente, por
tantas vezes, negada.
Eu até entendo o pequeno "mundo
das frações", daqueles que se entendem/autodenominam “pensantes
políticos”, que gostam/almejam se alinhar em "blocos de iguais",
arrogantes e soberbos em suas falas e atitudes, literalmente “caminhando
sobre/por cima dos outros”, com empáfia e total descuido; não os desculpo ou
justifico o mal-estar que causam, mas como existem, através da observação são
passíveis de algum entendimento, quando próximos temos que estar.
Não entendo é não terem o
conhecimento dos efeitos, que o caráter refratário, agressivo e desmobilizante
de suas atitudes, geram naqueles que estão próximos, seja por dever do oficio
ou de compromissos assumidos, levando a um algo parecido com o "não
acontecer"; vivi um tempo de estranhamento total com as atitudes, tanto
vistas como sentidas, sair deste "pequeno sistema" acaba por
gerar alegria, ao mesmo tempo entristece pois são oportunidades que foram
perdidas, são Tempos (necessários e urgentes) que foram gastos/desperdiçados,
terminam por ser intenções não realizadas.
Hoje li uma frase/pensamento que conseguiu exprimir um conjunto de emoções
tão complexas, que me possibilitou escrever estes sentimentos, agradeço por ter
lido, tirou um "peso", traduziu o que sinto, é do HENFIL -
"Senão houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores,
valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da
semente".
Agora e hora de voltar à minha
Caminhada pessoal, liberto e solto de pequenas amarras...
domingo, 11 de agosto de 2013
Visitando...
Faz é tempo que não passo por aqui; relendo, (re)sentindo e escrevendo, como agora faço.
Da última postagem até o momento atual, já se passaram tantos meses e tantas sensações, que fico meio perdido; olhando o acúmulo de fazeres por que passei, me perguntando escrever ou descrever exatamente o quê?
Tantos pensamentos, tantos atos e fatos; a mente transborda, a palavra seca, os dedos pairam no ar, paralisados por sobre o teclado, tímidos em descer, tocar as letras e formar palavras, expressar sensações vivenciadas.
Será que é isto, a Timidez, esta já velha senhora que me acompanha há tantos anos, a autora dos meus silêncios? Pode ser...
Preciso conversar com esta senhora, tentar convencê-la a participar desta tarefa; quem sabe, com a Timidez ajudando, me sinta mais seguro em colocar no "ar", tantos momentos vividos.
sábado, 31 de dezembro de 2011
Ano indo, Ano vindo...
Ano indo, Ano vindo...
E a cada ano que vai passando há diferenças sentidas;
Vivencias novas, não queridas ou pedidas;
Apenas presentes, vieram ao encontro;
Tudo com ritmo próprio, vão se encaixando, como “legos”;
Surpreende ao consciente, é sentido como natural ao fundo;
Ano começa, Ano termina, vou caminhando e aprendendo...
Neste Ano indo presenciei a ideia do Ubuntu - “Eu sou quem sou, porque somos todos nós!
Foi importante entender esta profunda conexão acontecendo, apenas sentir, sem desejar, prever ou controlar.
Deixar seguir, caminhar, ser, sentir; melhorar a conexão com tudo que existe.
Ano Vindo, seja muito Bem-vindo!
E a cada ano que vai passando há diferenças sentidas;
Vivencias novas, não queridas ou pedidas;
Apenas presentes, vieram ao encontro;
Tudo com ritmo próprio, vão se encaixando, como “legos”;
Surpreende ao consciente, é sentido como natural ao fundo;
Ano começa, Ano termina, vou caminhando e aprendendo...
Neste Ano indo presenciei a ideia do Ubuntu - “Eu sou quem sou, porque somos todos nós!
Foi importante entender esta profunda conexão acontecendo, apenas sentir, sem desejar, prever ou controlar.
Deixar seguir, caminhar, ser, sentir; melhorar a conexão com tudo que existe.
Ano Vindo, seja muito Bem-vindo!
domingo, 11 de setembro de 2011
A Classe e a Saúde Pública
Se formos situa-la no seu aspecto politico/ideológico, ai então a coisa desanda um pouco mais, pois além da incompreensão natural, há também a vontade subjetiva a impor a quebra de seu significado real situada no plural, ou seja, As Classes...
Há muita vontade, manifestada por uma ideologia pretensamente “moderna” e, ao mesmo tempo, extremamente conservadora, tentando impor conceitualmente um marco de entendimento da superação do conceito de Classes.
A fluidez da modernidade, da globalização, do acesso (ainda não tão amplo assim) aos meios de comunicação teria, supostamente, superado a divisão de classes, identificada como um conjunto de pessoas que têm a mesma função, os mesmos interesses ou a mesma condição numa sociedade; havendo na modernidade uma pasteurização e coletivização de identificações sociais, não mais existindo identidades definidas por grupos sociais.
Interessante perceber que, de fato, há parcela de razoabilidade na exposição, pois se observa facilmente a coletivização de interesses, a partir de campanhas massivas e midiáticas, onde observamos uma pasteurização de objetividades, sendo a divisão de classes imperceptível ao olho desnudo.
No entanto, indo um pouco mais além da analise superficial, compreendemos através da percepção dos desdobramentos concretos dos acontecimentos, quais são os efeitos dos eventos/acontecimentos “coletivizados” em cada Classe, do ponto de vista de sua inserção ou exclusão social, como totalmente distintos.
Pequemos o caso concreto do volume de denúncias, somente as realizadas pelos órgãos do Ministério Público, estadual ou federal, na área da Saúde.
Com certeza teremos a indignação massiva, coletivizada, assim poderíamos supor rapidamente, em virtude desta “reação indignada” aos constantes escândalos que a imprensa notícia, de que neste tema estaríamos acima da divisão de Classes;
Porem é no desdobramento concreto da situação que encontramos novamente o conceito da Classe, tristemente vivo e pulsando, pois não são todos ou todas os/as indignados(as) que irão estar nos postos de atendimento, nos ambulatórios, nos hospitais públicos, sentindo no próprio corpo, a resultante final dos processos de corrupção denunciada pelos Órgãos do Ministério Público, nas esferas judiciais.
Neste momento, o do RESULTADO, verificamos a divisão das Classes, pois alguns não sentirão os perversos efeitos das sangrias financeiras na área da Saúde, representada, não somente pela malversação dos seus recursos, mas, também, pela constante má-fé dos tais "contingenciamentos orçamentários", retirando verbas já orçadas em atividades mais saudáveis, a fim de compor financeiramente balanços de pagamentos de dividas, verba enviada de forma direta ao sistema banqueiro.
Hoje a denominada Saúde é um organismo que guarda, de forma explicita e direta, inteira relação ao conceito da divisão de Classes, na forma como descrita pelos autores do século passado.
Sendo a Saúde Pública direcionada, demandada, procurada e disponibilizada para a Classe pobre e média, nesta última incluída os que não podem dispor de mecanismos financeiros de sustentação e/ou acesso aos Planos Privados de Saúdes.
A própria ramificação dos Planos Privados impõe aos seus usuários, das classes médias, limites estreitos de utilização de seus recursos, em várias “classes de atendimento”, portanto diferenciando os tratamentos disponibilizados, quer seja no que se refere ao alojamento ou quanto ao acesso a determinado hospital.
Neste eixo, a crise da Saúde Pública é resultante do sucateamento, da falta de investimento, de um gerenciamento voltado a suprir as ausências de tudo que seria efetivamente necessário ao bom funcionamento da sua estrutura.
De forma entristecedora, sem terem vergonha no emprego do uso e abuso de argumentações faláciosas, os “gestores” tentam criar a ilusão de que a “privatização” do sistema supostamente resolveria a questão da Saúde Pública.
No entanto a lógica é inversa, pois o tratamento é eminentemente Classista, onde alguns têm o acesso qualificado e, a outros se impõem o acesso dificultado, em alguns casos inexistente, pela ausência de assistência qualificada e pronta da sua utilização, deverá permanecer ou, como já acontece em outros Estados e Municípios, deve se agravar.
A lógica da privatização, através das Organizações Sociais, é a mesma lógica que impôs o sucateamento de toda a Rede Pública de Saúde no País; vendê-la como uma “solução” é um exercício de má-fé, pois desconsidera o principal, a diferença com que o Poder Politico, atualmente o gestor da administração pública, trata de forma diferenciada as Classes.
Vida intensa Vida...
Impressionante como faz tanto tempo que não escrevo por aqui, quantas coisas passei, vi e senti, tantas palavras disse e escutei, tão poucas escrevi.
Na última postagem estava "chegando" na marca dos cinquenta, meio assustado, meio desconfiado, ressabiado mesmo; esperando grandes transformações, alterações dignas de nota; para surpresa minha o que foi alterado, pela idade que avança, ainda não é de meu completo conhecimento.
Se assim continuar pode ser que entre na "fase do esquecimento" sem perceber as alterações, ai mesmo é que não vou sentir/perceber nada, pois não lembrarei de pensar nisto...
Passado mais de um ano que vim a estas páginas, passei por muitas outras, escrevendo coisas que produziram bons resultados; contente com a produção de boas coisas, mantendo projetos e projeções para o futuro, mantendo o Caminho aberto, simplesmente caminhando...
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