O incomodo sentido por este comportamento silencioso é tão grande e “cheio” de significados...
Acaba por influenciar a nossa conduta, advindo uma sensação de nós sermos incômodos e inoportunos, a intenção primária sentida diante deste fato é optarmos pelo imobilismo intelectual, a fim de sairmos da desconfortável posição.
Com estes sentimentos tristes que ruminava, aparece aqui em casa o exemplar do O Globo, trazido pelo meu companheiro de vida; fato raro, achei estranho, mas nada comentei; depois de um tempo fui folhear, acabei me entretendo na Revista, chegando ao final deparei com um texto do Paulo Coelho, me pareceu "leve", comecei a lê-lo...
Naquele texto estava a “resposta” que não tinha pensado, sequer sonhado, mas que foi reveladora de algumas posições adotadas que tanto estavam a me incomodar.
Falava o Paulo Coelho de um caso atual, acontecido com uma Princesa da Noruega, quando ele teve a oportunidade de tomar conhecimento de uma denominada "LEI DE JANTE".
Depois da leitura fui pesquisar sobre o assunto; descobri na Wikipédia as normas da referida Lei, foram compiladas pelo autor Aksel Sandemose, no romance “Um refugiado atravessa a sua fronteira”:
1. Não pensarás que és especial.
2. Não pensarás que estás no mesmo patamar que nós.
3. Não pensarás que és mais inteligente que nós.
4. Não acreditarás que és melhor que nós.
5. Não pensarás que sabes mais que nós.
6. Não pensarás que és mais importante que nós.
7. Não pensarás que és bom em alguma coisa.
8. Não rirás de nós.
9. Não pensarás que nós nos importamos contigo'.
10. Não pensarás que nos podes ensinar alguma coisa'.
Interessante como Paulo Coelho sintetiza estes artigos - Você não vale nada, ninguém está interessado no que você pensa, a mediocridade e o anonimato são a melhor escolha. Se agir assim, você jamais terá grandes problemas em sua vida.
Mais interessante ainda é como se verifica a "penalização" daqueles que se contrapõem, ao rigor e vigor, desta Lei de Jante.